Economy-wide climate stress test: methodology and results

Banco Central Europeu (ECB)

Em Março de 2021, o BCE publicou os resultados preliminares do primeiro teste de stress climático à escala da economia para avaliar a exposição dos bancos da zona euro a futuros riscos climáticos, analisando a resiliência das suas contrapartes em vários cenários climáticos.

Neste contexto, o BCE publicou os resultados finais do seu amplo teste de stress climático, que mostram que as empresas e os bancos beneficiam da adopção de políticas verdes a fim de promover uma transição para uma economia sustentável e com emissões zero.


Economy-wide climate stress test: methodology and results

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Sumário executivo

O objectivo do teste de stress climático do BCE para toda a economia é avaliar a resiliência dos empresas não financeiras e dos bancos da zona euro à transição e ao risco físico no âmbito de cenários de política climática. No âmbito da análise, podem distinguir-se três pilares e quatro dimensões distintas. O exercício revela que uma transição ordenada e rápida minimiza os custos e maximiza os lucros e compensa o custo a curto prazo da transição para uma economia de carbono zero, mostrando que as empresas e os bancos beneficiam da adopção de políticas verdes a fim de impulsionar uma economia de emissões zero.

Conteúdo principal

Esta Nota Técnica resume os principais aspectos do exercício:

  • Quadro metodológico. O teste de stress climático fornece uma metodologia abrangente para avaliar o impacto de cenários alternativos que diferem nos seus níveis de risco de transição e de risco físico, ao longo de um horizonte temporal de 30 anos. É um exercício de cima para baixo, uma vez que se baseia exclusivamente em conjuntos de dados e modelos internos, e tem sido conduzido centralmente pelo pessoal do BCE. Por outro lado, o teste de stress climático do BCE para toda a economia aplica três cenários principais que diferem entre si nos seus níveis associados de risco de transição e risco físico.
  • Transmissão às empresas. Os empresas não financeiras têm de lidar com dois tipos principais de risco; transitório e físico, que afectarão a probabilidade de incumprimento e farão alterações na alavancagem. Globalmente, a empresa europeia mediana é menos endividada, mais rentável e tem uma menor probabilidade de incumprimento no final do horizonte sob o cenário de transição ordenado, em comparação com os dois cenários adversos.
  • Transmissão aos bancos. O teste de stress climático do BCE avalia o impacto do risco climático no sistema bancário da zona euro através dos canais de crédito e de risco de mercado. São utilizados diferentes cenários climáticos a fim de quantificar o impacto no risco de crédito dos bancos, as alterações nos PD e LGDs dos livros de empréstimos dos bancos.
  • Conclusões. A adopção precoce de políticas para impulsionar a transição para uma economia de carbono zero traz benefícios em termos de investimento em tecnologias mais eficientes e de implementação das mesmas. Os resultados mostram que, ao comparar os efeitos da transição com os riscos físicos, estes últimos seriam mais importantes a longo prazo, especialmente se não forem introduzidas políticas de transição para uma economia mais sustentável. Os resultados mostram também que o impacto nas perdas esperadas dos bancos é sobretudo induzido pelo risco físico e é potencialmente grave. Finalmente, se os riscos climáticos não forem mitigados, os custos para as empresas resultantes de eventos climáticos extremos poderão aumentar substancialmente, e aumentar grandemente a sua probabilidade de incumprimento.

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